quinta-feira, 29 de novembro de 2007

"Se você tem sido um pai durão, terás um filho órfão no dia que ele precisar de misericórdia"

Essa história de ter um modelo único de paternidade, né, de maternidade é um problema sério mesmo, você como educador de seu filho, você como aquele que está o tempo todo do lado dele sabe muito bem que tem dias que seu filho precisa de um pai amoroso, tem dias que seu filho precisa de um pai duro com ele, não dá pra você se classificar apenas como pai durão, não da pra você dizer pra o seu filho eu sou um pai durão e vou ser sempre assim a vida inteira, não, como dizia o Dalci, e no dia em que ele precisar de um pai misericordioso, onde é que ele vai buscar, vai ser órfão? não. É assim que agente se exercita pra gente buscar um jeito certo de passar pela vida do outro, como agente dizia aqui no início do programa, a momentos da nossa vida em que agente erra no jeito de ser com o outro, não são poucas as vezes na sua vida em que você percebe, eu me excedi, falei de um jeito que não deveria ter falado, fui duro demais, fui muito mole, agente está sempre buscado uma medida exata pra gente não ser demais nem ser de menos na vida do outro, as vezes em nome do amor nós estragamos os outros, as vezes em nome do amor nós cuidamos mais do que deveríamos, as vezes em nome do trabalho agente descuida, enfim, a vida e Aristóteles já dizia isso através da filosofia: A vida requer que agente esteja sempre no ponto de equilíbrio, até a nossa caridade pode prejudicar os outros, quando agente quer assumir do outro aquilo que é dele, eu não posso, eu não tenho direito, eu dentro da minha casa eu tenho que viver o desafio constante, eu não posso querer viver a vida dos meus irmãos, mas eu também não tenho o direito de viver como se eles não existissem, eu tenho que saber fazer a distância certa, pra que eu possa ajudar no momento que ele precisa, mas que ele também seja capaz de viver a vida dele, é esse exercício de criatividade que nos torna humanos, é esse exercício de você descobrir hoje, como é que o meu filho precisa de mim, será que meu filho hoje precisa da minha dureza ou ele precisa da minha misericórdia, será que o meu amigo hoje precisa da minha palavra amena ou será que hoje meu amigo precisa da minha palavra dura? Eu tenho muito medo de amigos que só passam a mão na minha cabeça, que concordam com tudo que eu faço, que concordam com tudo que eu vivo, tenho medo, porque concordar com tudo que o outro vive, pode ser um jeito estranho de ser omisso com aquilo que precisa ser melhor nele. Eu ainda prefiro as pessoas que me olham nos olhos e me desafiam a ser melhor, eu ainda prefiro dormir chateado com aquele que me chamou atenção e acordar no outro dia na consciência de que aquilo que ele me falou será uma ponte de transição para eu me tornar uma pessoa melhor, eu ainda prefiro dormir contrariado porque escutei um desaforo, a ter que ir pra cama, tranqüilo, sem que nada modifique dentro de mim. Eu não quero acordar amanhã do mesmo jeito que fui dormir hoje não, eu quero que alguma coisa me incomode hoje, para me transformar como pessoa, alguma coisa como dizia Padre Zezinho, que transforme minha paz inquieta, a minha paz não pode me colocar num berço de ouro esplêndido pra eu dormir a vida inteira e passar a vida sem que nada se transforme dentro de mim, não, eu quero desafio constante minha gente, de poder ser olhado nos olhos com responsabilidade e de alguém poder me dizer o que precisa ser melhor. É isso que nós precisamos, descobrir um jeito criativo de ser gente, você como marido, você como esposa, você como filho, como irmão, não deixe que as pessoas passem pela sua vida e que vocês sejam indiferentes a elas, não seja indiferente, nem tão pouco seja pessoa de modelo único, não, seja criativo, seja criativo no seu jeito de ser gente com o outro, porque é um jeito bonito que você tem, de tornar uma pessoa, o outro, uma pessoa melhor porque você passou pela vida dela.

Palavras de Pe. Fábio de Melo, programa Direção Espiritual, Canção Nova (21:30 horário de verão)

Fã desse homem da fé de Cristo =D

Shalom e Namastê!!!

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Preocupado

Agente nunca sabe o rumo das coisas
Nem sabe o quão longe algo pode ir

Agente vê as pessoas crescendo
Aquele garoto que virou empresário
Enquanto aquele outro passa a vida na bebedeira,
sem rumo, sem lar, sem esperanças ou amigos
Aquela garota tão linda, com quem você sonhava em namorar na infância
se torna aquela garota sem razão de vida, que quer amar a muitos
E não chega nem a aprender a amar a si mesma
Claro, há aqueles que são verdadeiros exemplos de auto-superação
Aquele cara do fundão, calado, que nunca arrumava namoradas
Se torna um exemplo de marido, e de pai de família

A vida é mesmo muito estranha
Mas estou preocupado com a humanidade
Eu cresci no interior, e quando grande, fui para uma cidade capital
Mas nunca havia me deparado com pessoas más,
Nunca pensei que elas existissem fora dos filmes e novelas
Mas existe gente realmente que não se importa com o outro
Tive medo, porque não sei quão profundo o mal as penetrou

Há verdades presas dentro de mim, e outras que por pequenez insisto em mantê-las fora de mim
E pra muitos essas verdades não significam nada
Meu Deus, teu mundo é tão lindo, mas não compreendo o que pessoas assim precisam pra enxergar além.

Porque me mantenho preso ao chão? Onde está o caminho para vôos de liberdade, pela imensidão?
Onde nos perdemos? Onde podemos encontrar o caminho?


Precisamos Crescer

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Você prefere "Fugir" ou "Perseverar"?

A hipocrisia é um fato em todos nós, ninguém consegue ser perfeitamente aquilo que reza, mas existe um limiar onde a hipocrisia passa a prejudicar outros, então junte-a ao poder e teremos um cara-de-pau "tirano" disfarçado de malandro.

Para o brasileiro é fácil dizer-se malandro, ser malandro já é suportável pelos outros sem nenhum problema, afinal, quem não é malandro é passado pra trás, é besta, é otário. Todo dia o povo clama por um governo eficiente, que cumpra as leis e que faça justiça para os injustiçados, mas são poucos os que de fato pagam multas de transito. Não se enganem, o jeitinho brasileiro em muitos casos é uma fuga do castigo da criança que errou, e se os próprios filhos pedem aos pais que lhes deixem fugir, como pode esse filho reclamar dos pais?

Estava vendo o trailer do filme do BOPE que sairá nos cinemas dia 12 de outubro, e nele poucas são as pessoas que conseguem enxergar uma triste realidade, a violência só gera mais revolta e violência, e isso já é um ciclo muito firme hoje em dia, de tal forma que levaria um bom tempo para reparar, mesmo que todos recebessem uma súbita iluminação dizendo que todos são seres humanos e todos tem o direito ao respeito, dignidade, educação e a vida.

Educar os jovens ainda é a melhor saída, mas o governo prefere investir pesado em "exércitos" para proteger a população, e ainda para contribuir para este belo quadro social, a população ainda incentiva o jeitinho, que leva um aluno a colar na prova, um motorista a dar uma graninha ao policial, o mesmo incentivo que leva os jovens a usarem drogas para relaxar e esquecer dos problemas, e também leva ao menino do morro a querer entrar no mercado do tráfico. É a vida fácil que seduz o homem, é o jetinho aqui e ali, é a fuga da culpa e da punição.

"Brasileiro que ensina pelo jeitinho não educa jovens, cria covardes".

As dores do parto

É divertido tentar brincar com as palavras, agente tenta tenta tenta buscar lá no fundo algo que faça sentido e seja agradável, enquanto sentimos o drama que é expressar pensamentos, vemos textos que são verdadeiros narizes torcidos, com o rosto contraido e com palavras que parecem estar suadas. As minhas por exemplo são verdadeiras heroínas, que além de suadas tiveram de apanhar um bocado do "sem sentido" e da rival "lezeira", que astutamente me fazem falar besteira...

Lezeira 1 x 0 Palavras

Vou estudar que é melhor...